A fotofobia é geralmente um sinal de processos inflamatórios no globo ocular, sejam eles intra ou extra-oculares. Em doenças congênitas, a reação adversa à luz é o principal sintoma apresentado pela criança quando há alguma coisa errada com seus olhos. Muitos pacientes chegam ao consultório com queixa de baixa tolerância à luz. Mas, depois de uma análise mais detalhada, descobre-se que a pessoa tem algum tipo de doença ocular.
A fotofobia dificilmente ocorre num olho normal. O que não quer dizer que não aconteça. Há casos em que olhos saudáveis apresentam dificuldade em lidar com a claridade.
Tratamento
Apenas após o exame oftalmológico é possível definir a alternativa terapêutica para quem reclama da claridade excessiva. Se o oftalmologista não diagnosticar nenhuma doença, a pessoa tem duas saídas para a fotofobia: aprender a lidar com ela, se o grau for minimamente suportável ou encontrar maneiras de regular a quantidade de luz que entra nos olhos, seja controlando a intensidade de luzes artificiais, seja usando óculos escuros em ambientes externos, que é a estratégia mais adotada por quem sofre desse mal.
O uso de lentes que não tenham proteção contra raios ultravioleta pode ser extremamente prejudicial, pois como os óculos são escuros, a pupila está mais dilatada.
Mas se não existe proteção contra raios UV, a quantidade de radiação que entra é maior. Essa luz invisível pode fazer com que pessoas mais sensíveis tenham predisposição maior a catarata e processos degenerativos da retina.
Além da proteção contra a radiação ultravioleta, as lentes ideais devem ter uma superfície bem surfaçada, com curvas de boa qualidade. As lentes não podem ser onduladas porque podem provocar astigmatismo.
Quando há complicações
Quando a fotofobia é sintoma de outra doença, o tratamento do "incômodo" se altera. A causa mais frequente de fotofobia por alteração ocular é o astigmatismo, que se caracteriza quando a córnea, que normalmente é redonda, se torna ovalada.
Desse modo, as imagens captadas pelos olhos são projetadas não na retina, mas ora um pouco à frente dela, ora atrás, ora até em dois planos anteriores ou posteriores a ela.
A consequência é que quem sofre de astigmatismo, além de ver tudo distorcido, ainda apresenta maior sensibilidade à luz.
O astigmatismo pode ser corrigido com óculos, lente de contato ou cirurgia, mas mesmo assim, um certo grau de fotofobia pode persistir.
A fotofobia também pode resultar por cicatrizes na córnea e por doenças inflamatórias oculares relacionadas ao reumatismo; toxoplasmose, herpes e outras doenças infecciosas; doenças neurológicas, psicológicas e psiquiátricas; alergia crônica nos olhos e até cânceres oculares.
Pacientes com cicatrizes na córnea precisam avaliar a possibilidade de um transplante. Bebês que nascem com fotofobia podem ter glaucoma congênito ou conjuntivite, doenças que requerem tratamento imediato.
Outro grupo vulnerável é o de mulheres na menopausa, com mais de 50 anos, que frequentemente, apresentam diminuição no volume de lágrimas, com isto, suas pálpebras grudam, provocando micro lesões na córnea com dores nos olhos e também fotofobia.
Fonte: Minha Vida